CINASE fomenta negócios na região Norte

CINASE fomenta negócios na região Norte

Abordando temas que cercam toda a cadeia do setor elétrico, CINASE Belém recebe mais de 500 participantes e cerca de 40 empresas apoiadoras e expositoras

Pela segunda vez na cidade de Belém (PA), o Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE), tradicional congresso itinerante do setor elétrico brasileiro, reuniu, entre os dias 02 e 03 de agosto, mais de 500 profissionais da engenharia elétrica na região com o objetivo de trocar experiências e ter acesso a conteúdo técnico atualizado transmitido por especialistas reconhecidos em suas áreas de atuação.

Constituído por congresso técnico e área de exposição, o CINASE tem a proposta de ser um verdadeiro centro de debates sobre as boas práticas da engenharia elétrica, novas tecnologias, normas técnicas e tendências para o setor elétrico brasileiro. Nesse sentido, o congresso conta com uma estrutura de temas que parte da geração até chegar às instalações de baixa tensão. O evento recebe a curadoria do engenheiro Jobson Modena, especialista em proteção e aterramento, coordenador da comissão que revisou a recém-publicada ABNT NBR 5419 (SPDA); e do engenheiro José Starosta, especialista em eficiência energética e em qualidade da energia elétrica. Ambos coordenam o congresso durante os dois dias de evento.

Entre as novidades da edição realizada em Belém, estiveram as apresentações técnicas da concessionária local e de outros especialistas da região.

O evento foi inaugurado com uma apresentação do diretor comercial da Centrais Elétricas do Pará (Celpa), Marcos Almeida, que abordou as mais recentes ações da companhia na região. Destaque para o projeto de interligação da Ilha Marajó ao Sistema Interligado Nacional (leia mais sobre isso na entrevista publicada a seguir).

Na segunda apresentação do dia, o especialista da Eletronorte, o engenheiro Ricardo da Cunha Bezerra, falou sobre a estrutura de laboratórios da companhia, sobre os ensaios de alta tensão realizados e também abordou a atuação da empresa na área de prestação de serviços e projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico na região. Bezerra enfatizou, em sua palestra, a importância da realização de ensaios e da disponibilidade de informações técnicas para a avaliação periódica e garantia da qualidade dos equipamentos. De acordo com o especialista, desde a implantação dos ensaios em buchas reservas na Eletronorte, em 2009, não ocorreram mais sinistros de grandes proporções na empresa envolvendo esses equipamentos.

Outros temas discutidos durante o congresso foram: operação, manutenção e ensaios em subestações; o transformador elétrico e o meio ambiente; painéis de média tensão e a revisão da ABNT NBR IEC 62271-200; qualidade da energia elétrica e eficiência energética; energia solar fotovoltaica; revisão da ABNT NBR 5410; os impactos da ABNT NBR IEC 61439-1: Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão; a ABNT NBR 5419:2015 e a proteção em áreas abertas; certificação de equipamentos de iluminação; e segurança do trabalho.

Daniel de Oliveira Sobrinho foi um dos especialistas da região convidado para abordar um dos temas de maior interesse do público: a fonte solar fotovoltaica. Em sua apresentação, Sobrinho enfatizou que há um grande espaço para desenvolvimento desse tipo de fonte. “Só em usinas de grande porte, o nosso potencial técnico, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), representa mais de 28.500 GW, o equivalente a 200 vezes toda a matriz elétrica brasileira, que atualmente é de 152 GW, somando todas as fontes”, apresentou. Ele conta ainda que nos telhados das residências, segundo mapeamento técnico e teórico da EPE, temos um potencial inexplorado de 164 GW, mais do que todo o potencial instalado no Brasil. Assim, só os telhados residenciais do país seriam capazes de suprir a demanda de mais de duas vezes dos domicílios brasileiros.

Os temas supracitados foram explorados com profundidade por especialistas com grande experiência e envolvimento em suas áreas. Nos intervalos de cada palestra técnica apresentada por um especialista, os congressistas tiveram ainda a oportunidade de participar de diversas mini palestras proferidas por profissionais das empresas expositoras. É importante mencionar que todas as miniapresentações passam pelo crivo dos coordenadores do evento e são focadas em assuntos estritamente técnicos, evitando abordagens comerciais. Dessa maneira, os participantes são abastecidos de conteúdo técnico e de qualidade durante todo o período do evento.

Maurício Gouvea, diretor executivo da Alubar, patrocinadora máster, conta que ficou muito feliz em colaborar com o CINASE. “Tivemos a chance de apresentar nossos especialistas em palestras e entendemos que o evento é uma oportunidade ímpar para todos nós compartilharmos e desenvolvermos novas tecnologias. Acreditamos que todos os temas contribuíram com o conhecimento de todos os que participam da gestão do setor de energia paraense”, avalia Gouvea.

A distribuidora Eletro Transol concorda: “resolvemos participar porque procuramos sempre incentivar a multiplicação de conhecimento e eventos desse nível não são comuns na região Norte. Sempre que iniciativas como esta aparece são sempre bem-vindas. E a nossa marca tem que estar presente nesses eventos. Quem não é visto, não é lembrado”, avalia o diretor da Eletro Transol, Fabrício Bruno Carvalho.

As empresas apoiadoras possuem um papel fundamental para o sucesso do CINASE. “Antes da realização de cada etapa, fazemos diversas reuniões na reunião com empresas, instituições de classe e associações com o intuito de promover o evento na região e atrair um público realmente qualificado para o congresso. O retorno desse trabalho pré-evento é muito gratificante”, conta a diretora do evento, Simone Vaiser.

A DGraus Engenharia foi outra empresa, que apoiou a realização do evento na região, principalmente, em razão da deficiência de informação técnica no Estado. “Eu fui um grande entusiasta da realização do evento em Belém. Infelizmente, este CINASE está sendo feito em um dos piores momentos econômicos do país, mas, mesmo assim, a receptividade foi excelente. A experiência do CINASE já está madura e o resultado foi maravilhoso, incluindo o financeiro. Conseguimos, inclusive, fechar alguns contratos durante o evento”, declarou Nicolar Wariss, diretor da DGraus Engenharia.

A edição de Belém surpreendeu ao contar com a participação efetiva de cerca de 40 empresas, entre patrocinadoras e apoiadoras. Foram elas: AltoQi, Aplicaciones Tecnológicas, BRVal, Conexled, DLight, Eaton, Eletro Transol, Embrastec, Flir, Furukawa, Grupo Gazquez, Grupo A.Cabine, IFG, Ipog, Kian Iluminação, KitFrame, Mecatron, Minipa, Phoenix Contact, Proauto, Rittal, SEL, Siemens, Soprano, TAF, Tavrida Electric, TDK, TE Connectivity, TechFix, Trael, Vicentinos e Weg. Já as companhias e instituições que apoiaram o evento, especialmente, promovendo o evento regionalmente, foram: ABEE-PA, Alubar, Celpa, Clube de Engenharia do Pará, Crea-PA, DGraus Engenharia, DSE, Eletro Transol, Eletrobras Eletronorte, Sistema FIEPA, Mutua-PA, Senge-PA, Sinduscon-PA e a UFPA.

A próxima edição do CINASE será realizada na cidade de Vitória (ES), entre os dias 19 e 20 de outubro. Para 2018, as etapas estão em processo de definição, mas o que se pode adiantar é que Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ) são as localidades mais cotadas para receberem o evento no próximo ano.

Mais informações podem ser encontradas no site www.cinase.com.br

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br